terça-feira, 27 de outubro de 2015

Dia 26 - Cavidades dos trastes

Concluindo o trabalho da semana passada, conferimos com uma régua se o braço foi lixado uniformemente em 3 pontos. Os trechos que ficaram levemente mais altos resolvemos com um taco para nivelamento.

Vapt vupt!

Avançando para uma nova etapa, faremos as cavidades dos trastes. Serão 22 nesta escala de 24.75". Para nos auxiliar, temos esta régua preparada como nosso guia.

Ela já dá a posição certa de cada.

Mas, antes, definimos o tamanho do nut (pestana), que é o ponto de apoio das cordas entre o headstock e a escala. Usamos a base de madeira abaixo da régua para definir onde ele deve ficar. A espessura definirá o conforto de digitação especialmente nas primeiras casas, onde, naturalmente, o braço é menor.

43mm.


Com isso, deixamos o braço bem alinhado ao centro da régua nos dois extremos e o colamos com fita dupla face.

Com a ajuda do bloco de aço na lateral.


Agora, podemos ir para a esmerilhadeira adaptada para este tipo de trabalho. Prendemos um pino onde colocaremos cada slot da régua para mirar o corte na posição exata.

Pequeno pino.

E lá vamos nós.

Ou melhor, pra garantir, o professor.

Pronto!

Cada vez mais parecido com um braço de guitarra!

Para concluir o trabalho, usamos uma serra com um limitador fixado até onde devemos cavar.

Buscando o fio do corte com movimentos leves.

Não demora muito para fazer este complemento.

Depois e antes.

Do lado de onde estávamos serrando, naturalmente, cavamos um pouco mais. Semana que vem, é só inverter e terminar.

Sem contar com a ajuda deste preguiçoso, obviamente!

terça-feira, 20 de outubro de 2015

Dia 25 - Terminando de raiar a escala

Continuando o trabalho com o bloco, vamos raiando a escala.

Desgaste visível apenas nas laterais.

Até mesmo de longe é possível ver onde já foi lixado.


Nas pontas, a madeira já está bem mais bonita, inclusive.

E vamos nos aproximando do meio.



O pó mostra por onde a lixa passou.

Ao longo deste processo, a lixa vai se desgastando. Enquanto o monitor Edu coloca uma nova, vou utilizando um outro bloco para não perder tempo.


Bem mais pesado e difícil de trabalhar.

Em poucos minutos, agora sim: bloco com uma lixa nº 80 novinha.



Pronta para atacar!


O desgaste é outro. Muito mais rápido!


Pó pra caramba.


Ainda precisaremos fazer alguns ajustes, mas depois deste dia de trabalho, podemos considerar que a escala já está raiada.


Escala de 12".

terça-feira, 13 de outubro de 2015

Dia 24 - Começando a raiar a escala

Antes de colar o friso do braço, ainda precisamos fazer alguns procedimentos. O primeiro deles é raiar a escala. O projeto original tem raio de 10", mas optei por fazer 12", que é o padrão de muitas guitarras Gibson, por exemplo. Quanto maior o raio, mais reta é a escala. Quanto mais curvada, há a tendência de montar acordes com maior facilidade. Quanto mais reta, mais facilidade em executar solos.

Bloco de raiar.

Com a madeira curvada corretamente e uma lixa colada nela começamos os trabalhos. As passadas ao longo do braço devem ser similares, usando o próprio peso do bloco.

Seguindo a linha central como guia.

Com isso, começa o desgaste pelas pontas. O objetivo é ir lixando até que se juntem ao meio.

Forte pó de pau-ferro.

Madeiras escuras tendem a entupir a lixa com mais facilidade, então, periodicamente, precisamos dar algumas batidas para sair o que está grudado.

Pó na lixa.

Com um gabarito, podemos conferir o andamento do trabalho.

Em busca da mesma curvatura.

Precisamos também ir controlando o desgaste para ser uniforme nos lados. Só de trocar o pé de apoio no chão enquanto lixamos, o desgaste tende a ser maior de um lado ou de outro.

Desnível a ser corrigido.

terça-feira, 6 de outubro de 2015

Dia 23 - Quebra-cabeça do friso

Hoje estudaremos algumas possibilidades para retirar o filete de madeira necessário para a instalação do friso. Não será fácil! Inicialmente, tentamos prender o braço na bancada com um apoio feito na medida exata do encaixe do tróculo e tupiar apoiando numa madeira lateral.

Primeira tentativa.

Depois, além deste guia ao lado, também tentamos prender o braço numa bancada com apoios ajustáveis nas duas extremidades de ambos os lados.


Segunda tentativa.

Estas ideias não pareceram muito confiáveis, então buscamos uma terceira. Mas, de qualquer forma, antes precisamos retirar a sobra de madeira no início da escala, próximo à mão do instrumento.

Suspense no blog!

Assim como dar uma leve lixada para corrigir um desnivelamento.

Leve mesmo.

A nova tentativa começou com o apoio de uma régua de metal para averiguar o que precisamos retirar da madeira...

Ajustando.

... e de um estilete bem afiado para marcar.

Com lâminas japonesas e tudo!

Delimitando até onde podemos trabalhar, ficou assim:

Bem marcado.

Pronto para a delicada operação na tupia de bancada.

Nas mãos do professor, é claro.

Agora, é só fazer a mesma coisa do outro lado.

Marcando e tupiando.

Depois da repetição do processo, melhoramos o acabamento com uma lima utilizada para nivelar trastes...


Jogo rápido.

... e pronto!



Close do acabamento depois da lima.

Para completar o trabalho do dia, falta apenas retirar a mesma espessura de madeira no final do braço.


Agora já foi mais fácil.

E ficou assim: bacana!


 
 
Em vários ângulos.