terça-feira, 30 de junho de 2015

Dia 9 - Retirando o excesso de madeira do braço

Para dar o formato final, é necessário começar retirando o excesso de madeira. A ideia é ir "comendo pelas beiradas" do braço.

Madeira com grampos e as linhas delimitadoras.

Inicialmente, com uma grosa menor...

Para aprender a domar a ferramenta.

 ... e, depois, com uma maior.

Para maior desbaste.

Trabalhando até que fique reto entre as linhas marcadas.

 

Lados desbastados.

Agora podemos passar da inferior com segurança e nos aproximar da escala.


terça-feira, 23 de junho de 2015

Dia 8 - Medir e desenhar

Como não possuo a planta para desenhar o formato do corpo em papel vegetal, foi necessário vetorizar e imprimir uma foto da guitarra em tamanho real. A referência foi o tamanho da escala (24.75"), que é a distância entre a pestana (onde as cordas são apoiadas entre a mão e o braço) e a ponte (peça instalada no corpo onde passam as cordas). A proporção não ficou exata, mas por enquanto, serve para fazer um primeiro contorno.


Bem que eu tinha achado que ficou menor...

Como o professor Marcio não esteve presente, o substituto Saulo me orientou a trabalhar em detalhes que são inerentes a qualquer projeto como o meu, sem que possa ir contra alguma outra indicação do titular. Mas, antes, vamos cortar, tupiar e lixar a escala.


  
Com o auxílio do professor nas "máquinas mortíferas", claro.

Ficou assim:


A sobra inferior é proposital e provisória.

Agora vamos começar a pensar do outro lado do braço. Inicialmente, traçamos uma linha de centro, assim como feito no dia 2. A diferença é que, como o braço não estava cortado e tupiado naquele momento, com a régua na perpendicular era possível achar todas as medidas. Hoje, foi preciso colocá-la na diagonal, apoiando o zero em um lado e inclinando até achar alguma medida de exata divisão.


Réguas e a linha central.

Com um esquadro mirado no centro, traçamos 3 linhas para o tróculo, que é a região onde o braço deve ser parafusado no corpo. A partir do final da madeira do braço: 7,5 cm, 8,5 cm e 13 cm.


Esquadro e as linhas perpendiculares.

Na outra extremidade, deixamos as medições de lado para desenhar à mão livre a junção entre o headstock e a parte traseira do braço. Ao longo de toda escala, onde pressionamos as notas, a região onde apoiamos a mão será arredondada posteriormente. Foram necessárias muitas tentativas e o auxílio do professor até ficar bom.


♫ She told me she worked in the morning and started to laugh ♫

terça-feira, 16 de junho de 2015

Dia 7 - Colando

Para a escala ser colada no braço é necessário dois procedimentos. O primeiro é deixá-la com a espessura correta.


7mm, depois da máquina operada pelo professor.

O segundo é passar uma lâmina de estilete para retirar algumas pequenas linhas perceptíveis no tato.


Esse trabalho é meu.

Agora sim! Para as colagens, apresento-lhes a cola de madeira mais utilizada no mundo da luthieria:


Titebond!

Vamos aplicar uma boa quantidade no braço e na escala, que foram levemente umedecidos com um pano para retardar um pouco a secagem desta cola, que é extremamente rápida!


Espalhando bem.

Para ficar bem colado, juntamos as peças sob pressão de grampos, que apertam uma outra madeira por fora.


Sanduíche prensado.

Com este aperto, um pouco da cola sai pelas laterais. É necessário retirar toda a sobra rapidamente para que não seja prejudicado um procedimento posterior. A peça passará pela tupia, onde braço e escala ficarão com a mesma largura. Caso fique alguma gota de cola seca, o tupiamento seguirá essa protuberância e a região ficará desforme.


Laterais limpas.

Enquanto começa a secar, vamos começar a trabalhar no corpo, que será de marupá...


Nivelando as laterais.

em duas peças...

Passando cola.

que também estão prensadas secando a cola.


terça-feira, 9 de junho de 2015

Dia 6 - Canal do tensor

Uma bancada com uma madeira perfeitamente nivelada presa com grampos é necessária para abrirmos o canal do tensor. Com grampos nas duas extremidades, esse apoio é fundamental para que o corte seja perfeitamente ao centro.


Na parte inferior, que não aparece na foto, há outro grampo como em cima.

Com a própria guia da tupia apoiada na madeira, simulamos o trajeto da furação ao longo do braço. É necessário ajustar a posição até que consigamos seguir a linha de centro do começo ao fim sem desvios.


Pronto! Tenho esta visão em todos os pontos do braço.

Agora é pra valer: vamos tupiar aos poucos, aumentando a penetração da fresa até o tamanho exato da barra.


Devagar e sempre.

Na parte superior, ainda temos que utilizar uma fresa mais larga para que acomode a bala do tensor, que é por onde é feito o ajuste da curvatura do braço já montado.


Detalhe da junção dos trechos com larguras diferentes.

Com uma pequena lixada na ponta e algumas batidinhas do martelo no formão, o tensor está acomodado no canal.


Voilà!

O braço está pronto para receber a escala, que será escura.


Pau-ferro.

terça-feira, 2 de junho de 2015

Dia 5 - Maquinando

O dia começou com as furações das 6 primeiras tarraxas. Quem operou a furadeira de bancada fui eu!


Muito cuidado ao acertar a posição exata de cada furo.

E ficou assim:
Até que não foi tão difícil.

Com os primeiros furos prontos, começo a deixar o headstock na espessura ideal. Inicialmente, vamos marcar para deixar com 17,5mm...

Apoiando um dedo na madeira, enquanto encostava a lapiseira em um dos pontos marcados, tracei uma linha como esta dos dois lados.

... e lixar até o tamanho desejado.

Comandei a lixadeira com o auxílio do monitor Rafa.

Ainda vamos trabalhar manualmente, mas já ficou interessante!

A lixadeira, uma mão mais fina e muito pó de madeira.

No próximo capítulo, o canal do tensor. O posicionamento dele é fundamental para que o braço tenha ajuste em toda sua extensão.

Tendo uma ideia.

Enquanto isso, o Lasanha vai refletindo sobre este projeto.